Em comum, os jornalistas tinham a cobertura de temas ligados à guerra das drogas, além de sinais de tortura quando seus corpos foram encontrados. O caso mais recente foi o de René Orta Salgado, jornalista experiente em notícias sobre violência e simpatizante do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que lidera a corrida presidencial, assassinado este final de semana em Morelos.
Ele e dezenas de repórteres não se transformaram em alvos da delinquência por acaso: as ameaças estão diretamente ligadas a uma demonstração de poder do crime organizado contra a intensificação do combate iniciado pelo presidente Felipe Calderón, em 2006. A guerra ao narcotráfico já deixou mais de 50 mil mortos e calou muitos jornalistas que também temem por suas famílias.
Em Nuevo Laredo, cidade do Norte do México e cenário frequente de disputa entre cartéis de drogas, o jornal “El Mañana” publicou no domingo um editorial com uma decisão inédita. Deixará de publicar, por tempo indeterminado, qualquer notícia relativa à violência na cidade e em outras áreas do país. O jornal, que sofreu um atentado com tiros e explosivos na sexta-feira passada, mas sem vítimas, afirma que seus diretores se viram obrigados a tomar essa decisão devido ao atual contexto violento e à falta de condições para o livre exercício do jornalismo no país. Num editorial, o periódico explicou a medida aos leitores.
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